The Marvelous Mrs. Maisel – season 04

Sim, estou comendo um sanduíche de pastrami enquanto engenho este texto, simplesmente porque ver essa série me deu vontade de comer esse sanduíche. Lá em Nova Iorque tem várias delis que vendem e eu cheguei a visitar aquela que ficou famosa pelo filme com a Meg Ryan e o Billy Crystal (“Harry e Sally: feitos um para o outro”, que pretendo rever em algum momento este ano, saudades de boas comédias românticas). Fato é que ver essas séries dos Palladinos nos dão muita fome (e lá vem segunda temporada de “The bear”, hein!), eu queria sempre poder comer um monte de besteiras igual às “Gilmore Girls”, hambúrguer e fritas (alguma vez na vida pensei que poderia comer isso todos os dias), e as noites de filmes em que passavam primeiro no mercadinho e depois na locadora, pizza e depois jujubas diversas, e os sorvetes?, e lembrei o Dean explicando para o Max (aliás, ator que faz uma ponta inesperada aqui nesta série também) que elas comem muito e ainda os culpam por comerem demais.

Falando propriamente desta quarta temporada, que tinha sido interrompida por causa da pandemia da Covid, foi bem triste, né. Quer dizer, vi alguns comentários de pessoas reclamando como decaiu a série, algumas não gostam de tanta exposição dos personagens coadjuvantes e algumas reclamam que nada importante acontece com a Midge, mas querem saber minha humilde opinião? Pensando como alguém que gostaria de escrever roteiros, fora eu apreciar muito todos os coadjuvantes e seus intérpretes (então nem liguei para reclamações sobre eles, exceto em certos momentos que Stephanie Hsu parecia meio artificial entregando suas falas, que supostamente tinham que ser super corridas), digo que a temporada inteira foi estruturada para seu grande final, no último episódio; que foi proposital Midge parecer estar obscurecida e empacada, que é exatamente esse momento da jornada que ela precisava passar e então levar um tapa na cara, um discurso do Lenny, que ela tanto admirou desde o início como comediante stand-up; e digo mais, que todos nós seres humanos passamos por momentos semelhantes da vida, em que “teimamos” com algo, sofremos frustrações, queremos brigar com o mundo, fazemos planos. E daí precisamos de alguém ou algum acontecimento para percebermos que não precisamos planejar, e sim trabalhar, trabalhar, trabalhar e continuar. Digo isso com toda a convicção de uma virginiana que sempre fez planos e já se frustrou demais, que aos 10 anos planejou uma escapada do aeroporto em Los Angeles e imaginava fazer filmes com Spielberg, mas 30 anos depois ninguém nunca descobriu seus roteiros. Talvez porque nunca tenha se dedicado com tudo o que tinha para esse objetivo, faltou sair dos planos, dos sonhos, para trabalhar, de verdade.

Pois é. Vamos então à esta temporada, que nos fez chorar algumas vezes… E o que verei em seguida? “Succession”? Aquela da rainha Charlotte? “Breaking Bad”? “Iluminadas”, porque foi produzida pelo Leo? Ah é, eu vi “Big little lies” esses tempos também, mas fica pra outro post. Meu esposo estava revendo “The office” (que eu tinha dropado lá pela quinta temporada) e chorou no final, talvez essa não. Vamos ver.

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S04ep01 – Rumble on the wonder wheel
Midge está amarga, com raiva e desejo de vingança, sim, ela teve um surto no táxi voltando do aeroporto em que o pessoal do Shy a deixou, tirando a roupa, arranjando um galho para bater no carro, recebendo buzinadas de caminhoneiros e discutindo com Susie sobre o fim da carreira. Susie está numa enrascada, precisa devolver o dinheiro que perdeu e era da Midge, vai com a irmã receber o cheque da seguradora e elas acabam numa salinha secreta que parece de interrogatório, ao final pede para a irmã dar em cima do cara pra ver se libera a investigação do “caso”. O clube de Joel está indo muito bem, mas isso é ruim para o casal que lhe alugou o lugar, que estava só querendo um negócio de fachada, mas se fosse bem sucedido iria chamar muito a atenção, acaba seguindo o conselho de Moishe de “molhar a mão” do capanga com quem ele tentara falar chinês usando um dicionário velho. Por telefone, Midge descobre que a família está comemorando o aniversário do filho Ethan adiantado, porque eles não poderiam mais tarde, e vai encontrar com eles em Coney Island, que fica ainda mais charmosa nesta reconstrução sessentista, e cada membro da família acaba entrando em uma cabine diferente da roda gigante, discutindo aos berros sobre a atual situação de Miriam, que deve a Moishe, enquanto Shirley se delicia com um doce local. Assim, Joel acaba aceitando emprestar dinheiro para Susie, e ela não concorda lá muito bem com Midge querendo mudar as regras do jogo e se apresentar em um lugar em que ela possa ser ela mesma, pois suas melhores apresentações foram de improviso. Aliás, conversa no diner, com sanduíches de pastrami, ai, ai.

S04ep02 – Billy Jones and the orgy lamps
Midge tem que rebolar para voltar a morar em seu antigo apartamento e conseguir um tempo maior de fiado com o comércio local, desesperando-se quando não tem leite para o cereal de Ethan e xingando o fornecedor, para então chorar as mágoas com Susie pelo telefone, porque depois de um jantar convidando os pais relutantes a morarem com ela, Rose acaba fazendo Midge e Abe acordarem, contando a história que eles é que compraram o apartamento. Abe começa a escrever para o jornal, conhecendo o pessoal, ele fica feliz escrevendo – até dando uma de Trumbo, com a máquina na banheira – mas o pagamento pelo jeito é medíocre, ele bebe e conta à filha que ninguém gostava dele na Columbia e ela aceita o cheque que dá pra comprar um ou dois ovos. Já o cheque da seguradora finalmente sai para Susie, após a irmã ter dormido com o cara que agora a contratou como secretária, e Susie consegue pagar Joel, que é convidado pela mãe a jantar, mas é só Shirley tentando arranjar uma nova mulher para o filho – uma candidata grávida! – o que o faz pensar em contar para os pais sobre Mei. Numa conversa no parque com Harry (adorei os figurantes comprando picolé ao fundo), após descrições confusas das suas ex-mulheres, este aconselha Susie a fazer seu talento subir aos palcos novamente, e também a diversificar sua clientela. Ela leva Midge de surpresa a um clube, onde a comediante não consegue vaga e conhece todas as piadas de judeus, e Susie deixa Billy Jones preso para fora só para Midge subir ao palco fingindo ser ele e ser presa de novo, “oferecendo diversão” ao serem expulsas do clube. Saindo da prisão, dão uma carona para uma garota até seu clube de stripper, que tem um comediante apresentador prestes a se aposentar – o que será que Midge conversa com Susie e vai aprontar agora, hein?

S04ep03 – Everything is Bellmore
Este episódio é dedicado a Brian Tarantina, que interpretava o Jackie, e foi bem apropriado incluir a morte na ficção, do seu personagem (os Palladino também fizeram isso com o ator que fazia o pai da Lorelai de “Gilmore Girls”, e acho muito digno, uma chance do público e dos colegas dizerem seu adeus. Já na sequência de “Pantera Negra” eu achei um pouco over, mas essa sou eu). O discurso de Susie ficou à altura, emocionada, tocando num tema comum, que às vezes as pessoas envelhecem e nem damos conta ou valor sobre tudo o que elas viveram. Também procuraram colocar situações cômicas entorno, não sei se todas funcionaram, como Midge fazendo um monte de comida e afastando a bebida de Susie, a agente sem conseguir dormir hospedada na casa de Midge, não ter ninguém no funeral e ela levar o quadro pra sala ao lado. Fora isso, Abe é convidado a fazer uma crítica de uma nova peça, consegue ingressos para todos e é uma festa, é de um rapaz que ele conheceu desde criança, da comunidade judaica; só que a peça é horrível e ele não consegue escrever sem detonar o teatro moderno, mas é detratado pela comunidade no templo, criticado até pelo rabino, porém se defendendo e saindo triunfalmente (só faltou a capa). Um outro momentinho logo no início do episódio foi Lenny Bruce aparecer para ver Midge se apresentar no clube de strippers, ela com vergonha, mas ele contando que ela deve evitar as distrações – e ele e os colegas se esmeram mesmo para distraí-la, jogando tudo o que podem no palco.

S04ep04 – Interesting people on Christopher Street
Isso é verdade, que existia uma rua em Nova York para procurar pessoas, er, “diversas”? E vocês sabiam que um cravo verde na lapela referencia Oscar Wilde? Bem, Midge leva Susie num clube para lésbicas porque ela nunca fala da vida pessoal, enquanto ela sai com uns caras nada a ver como um médico que só fala espanhol e pede o prato no restaurante por ela, fazendo-a usar o código pra Susie lhe salvar – o chapéu errado. Mas Susie está mais preocupada é com seus negócios, e velhos amigos capangas conseguem arranjar para ela um lugar barato para ser seu escritório e moradia, com uma vista para a Times Square que a deslumbra; tem muita coisa para arrumar, mas Sophie Lennon a visita e Susie promete ajudá-la contanto que a altona saia de sua cola depois, ainda maravilhada com o elevador. A crítica no jornal de Abe também faz Asher vir conversar com o advogado Kessler em NY, pois estão sendo investigados por um prédio federal que detonaram no passado, e falando em passado, Abe parece muito amigável relembrando aventuras da juventude até que Asher não para de elogiar Rose e lembra que eles já saíram juntos. Mais tarde Abe vai brigar com Asher com este tendo uma ideia para uma nova peça. Os créditos finais deste episódio são diferentes, aparecem após Midge anunciar o final do show e as luzes se acenderem no clube noturno – e ela anda se empenhando mesmo para fazer a balbúrdia do lugar diminuir e melhorar a organização, saber qual o próximo número, o gerente bater na porta das meninas, o tempo que a orquestra toca e quem cuida das cortinas ou do microfone, melhorar a segurança… embora ela própria caia do palco.


S04ep05 – How to chew quietly and influence people
Susie está à procura de uma secretária, utilizando livros e dicas de colegas, como saber como a moça mastiga, mas depois de uma longa noite com Midge, encontra Dinah, que ficara esperando desde as quatro da tarde por uma entrevista. Além de conseguir para Sophie uma entrevista no show do Gordon, também acolhe um jovem mágico bêbado e consegue lugar para ele no clube do Joel, que ainda está fugindo da mãe querendo lhe arranjar uma nova mulher e insiste com Mei para que ela conheça os pais dele. Já os negócios de Rose como casamenteira andam bem, com ela sendo convidada até o rancho de alguém importante da sociedade, Solomon Melamid (xenti! O Max Medina, professor da Rory que quase casou com a Lorelai em “Gilmore Girls”! Olha como ele envelheceu!). Só vai ser difícil manter a “discrição”, com Rose descobrindo em qual clube Miriam se apresenta… Mas para mim o destaque deste episódio é o casamento de Shy Baldwin (obviamente de fachada), para o qual Midge e Susie parecem ter sido convidadas por engano, e comparecem querendo acabar com a festa, mas adoram os canapés e a bebida improvisada do melhor whisky com cereja, avistam Sidney Poitier, James Stewart, veem Shy se apresentar com Monica, e chamar Harry Belafonte para o palco (!), até que Midge volta ao início de tudo, encontrando Shy no banheiro feminino e eles conversam, com ela revelando o que teria dito se tivesse a oportunidade de entrar naquele avião: não ia pedir o emprego, ia pedir desculpas, porque ela o considerava um amigo. Finalmente, as duas descobrem por que foram chamadas para o evento, o pessoal de relações públicas quer chantageá-las para não falar mais nada de Shy, mas Midge é firme em recusar altas propostas, mesmo com Susie oscilando, porque afinal as duas andam bem falidas; e Midge ainda tem tempo de resgatar alguém caído na rua.


S04ep06 – Maisel vs Lennon: the cut contest
É Lenny Bruce que Midge recolhe e acorda no quarto do filho dela, estranhando muito estar nesse universo de dona de casa do Upper West Side, sendo reconhecido por várias pessoas e por acaso comentando que tem uma filha. Sophie foi muito bem no programa de entrevistas e conseguiu apresentar um programa de jogos, seu sucesso reflete nos presentes enviados a Susie – inclusive um Cadillac! – e no retorno de Dawes. Finalmente vemos alguns resultados, mudanças positivas no clube onde Midge se apresenta, e uma reunião de sócios acaba aprovando-a, apesar de ter mais mulheres frequentando o local, porque estão lucrando mais também. Porém, isso ainda não impede Midge de dever a Moishe e meio mundo, e Sophie faz uma proposta para que ela tenha uma geladeira de volta, fazer um “aquecimento” com a plateia ao vivo antes do seu programa na TV, para que Susie aceite ser sua agente. Enquanto o mágico de Susie conta algo de sua infância com Orson Welles e ponche (é o quê?); e Joel fica sabendo que Mei está grávida, após aquela vez em que até torcemos por ela e seus vestidos, mas ela acabou não aparecendo na casa dos Maisel e Moishe ficou em dúvida em qual dos três nomes judeus ele deveria acreditar; Abe testa as habilidades de datilógrafa de Imogene e Rose também se pega em uma turbulência, achando que seria um encontro de “mulheres empreendedoras”, é ameaçada na fogueira, vindo a saber que cada região de NY fica a cargo de uma casamenteira diferente e que ela transgrediu regras, não é uma concorrência desejável. Kelly Bishop faz uma das casamenteiras (a eterna Emily de “Gilmore Girls” :). E é claro que acabamos o episódio com o que se torna um embate entre Midge e Sophie, tudo ia bem até que Sophie quer provar que é mais querida, as duas ficam fazendo piadas uma da outra cada vez mais baixas e o título do episódio faz referência a esse “duelo” com um termo do jazz. Perfeita a canção que botam ao fundo: “Why can’t we be friends?”


S04ep07 – Ethan… Esther… Chaim
Abe fica aterrorizado ao ser abordado por casamenteiras na loja em que compra tabaco, e Rose realmente considera desistir desse negócio, mas Midge argumenta que ela estava muito feliz fazendo isso e a não desistir, após Rose ser hipnotizada num show de mágica do novo cliente da Susie, apresentando todo o ato da Midge no clube de stripper e fazendo seus familiares encolherem nos assentos. Todo mundo acha que “matou” Moishe, quando ele tem um ataque cardíaco após beber um gole com Joel, que acabara de contar sobre a namorada chinesa grávida, mas Archie acha que é porque ele perdeu do nada uma maleta de dinheiro do clube e Midge porque ela não está conseguindo pagar o que deve. Ou seja, Midge não pode se dar ao luxo de dispensar trabalhos, quando uma colega stripper revela que seu pai na verdade é senador e ela pode indicar a comediante para um encontro entre mulheres organizado pela Jackie Kennedy – Midge começa bem, só elogios folheando a revista, até que menciona um caso que teve com um homem que conheceu no parque a caminho da escola de Ethan (interpretado pelo querido Milo Ventimiglia), que nos é mostrado no início do episódio com Midge querendo o vestido de volta, após ser pega no flagra pela mulher do cara e ao contar essa parte acabar com a graça da Kennedy… Susie também está querendo mandar Dinah embora, porque as crianças vivem correndo por todo lado, apesar de ela ter criado um sistema de outra linha telefônica com a vizinha da janela, e não é nada discreta pedindo para a moça pegar seu casaco e esvaziando sua mesa, vão jantar num lugar que tem waffles e frango, mas o que Susie descobre é um potencial novo cliente, comediante, faz a proposta a ele de conseguir trabalhos em banheiros melhores e não consegue despedir a secretária – que também consegue o vestido de Midge de volta.


S04ep08 – How do you get to Carnegie Hall?
Enquanto a família se reveza em vigília no quarto de Moishe, com Joel tentando entender livros de medicina de Mei, Midge lhe trazendo um bagel enorme e depois fazendo Mei entender que ela terá um certo papel com as crianças de Midge também, Shirley sendo melhor no mah-jong do que Mei (!), Abe (que não gosta nada de hospitais) vai procurar o cara do Einstein para escrever o obituário para Moishe sem sucesso, tendo que escrevê-lo ele próprio – e quando corre para encontrar o ex-sogro da filha desperto, é a coisa mais emocionante descrevendo o que contém o obituário, inclusive a parte em que Moishe os acolheu em seu lar e cuidou de todos sem pedir nada em troca (óin, lágrima real). Já Midge foi chamada para o clube porque ela fez tantas mudanças por lá que o público que aparece quer é vê-la, inclusive Lenny aparece nos bastidores para fazer as pazes com ela, diz que a indicou para abrir para Tony Bennett, quando chega a polícia fazendo uma batida do lugar que é ilegal. Uma algazarra, todos saem correndo pro que Deus quiser, lá fora há uma forte nevasca e Midge acaba no quarto azul de hotel que o Carnegie Hall preparou especialmente para Bruce. É, já era algo que tínhamos imaginado ser possível de acontecer, eles passam a noite e Midge apenas pede para ele que continue a respeitá-la como comediante. Um detalhe: Midge encontra uma bolsinha de Lenny que sugere o uso de substâncias ilegais, e na vida real Lenny Bruce morreu de overdose mesmo (triste :/). Susie já está ficando pê da vida (e nós também) que Midge fique recusando trabalhos – com’on, é o Tony Bennett, até Lady Gaga ficou honrada –, os capangas Frank e Nicky estão por lá cozinhando e também acham que ela tem que mudar de ideia, logo em seguida indo ajudar Dinah com a segunda linha de telefone, e Midge tenta avisar Susie de que eles devem estar querendo algo dela fazendo todos esses favores, mas Susie não quer saber muito nesse momento. Quando volta para casa, Moishe afirma a Joel que o ataque do coração não teve a ver com o fato de ele estar com uma garota chinesa, mas que ela precisará ser judia até contarem para Shirley, hah; e Abe dá uma caixa para Rose com papeis de carta e envelopes, que servem para ela enviar à “máfia das casamenteiras” um recado: ela não vai parar, e Benedetta apenas conclui que vai haver guerra. Mas o melhor momento (talvez de toda esta temporada) é mesmo ver Lenny se apresentando no Carnegie Hall, aplaudido pela casa cheia, depois dando sermão na Midge, que ele não merece um pedestal por ser preso sempre, que o que ele quer é ter um público para ouvi-lo sem medos, que deveria pensar no que ela queria de objetivo, que ela estava se escondendo, que não importava quantas vezes tivesse que ser demitida, é preciso trabalhar e continuar, que se ela estragasse tudo, partiria seu coração. E saindo em mais uma noite de nevasca (uai, onde estavam guardadas essas botas, naquela bolsinha minúscula?), a névoa faz ela ler “siga em frente” (move forward) no outdoor do show do Gordon Ford.

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