Meu show da virada foi o do Paul

Eu não sei se é só uma impressão falsa que eu tenho cá comigo, de que o show da virada degringolou para o mal. Quer dizer, teve alguma época da minha vida que eu gostava de ver os artistas que fizeram sucesso no ano cantando seus hits e depois acompanhar os fogos e a virada do ano por todo o Brasil. Mas talvez essa memória seja errônea e falha. Talvez isso nunca tenha sido realmente bom, só sei que este ano acabamos voltando para casa em vez de passar a virada na praia, e eu não consegui acompanhar o tal “show da virada”. Até botei um alarme para 10 minutos antes eu trocar o canal e acompanhar apenas os fogos. E antes disso? Meu show da virada foi o show do Paul McCartney, pela Disney +. Se eu tivesse com quem deixar a pequena, com certeza teria ido conferir no Mané Garrincha aqui em Brasília, mas não deu pra estar lá ao vivo, com toda aquela vibe boa (porque todo fã de Beatles tem uma vibe boa, ou talvez essa também seja uma impressão falha pessoal minha).

Aproveitando a deixa, comento aqui que no final do ano passado conferi o clipe da chamada “última canção dos Beatles”, “Now and Then”. Gostei mais do mini documentário mostrando os bastidores de como se deu essa canção, aproveitando o áudio gravado do John que a Yoko cedeu e gravações de quando George ainda estava vivo também, com a tecnologia mais avançada que possibilitou trabalhar com as faixas de som. Todos dirigidos por Peter Jackson, só que o clipe eu achei meio estranho eles tentando colocar versões diferentes dos quatro na mesma cena, ficou meia boca e não tão elegante como poderia ter sido. Enfim, a melodia é agradável o suficiente como outras composições mais simples do quarteto de Liverpool.

E assim começo o ano, embora não tenha conseguido conferir já no primeiro dia a cerimônia budista tradicional do Ano Novo, com ecos de Beatles (melhor do que Ludmilla, pelo menos pro meu gosto) e comédias românticas. No final do ano eu quis ver algum filme natalino e qual não foi minha surpresa que a comédia romântica típica que escolhi se saiu melhor do que a encomenda: “Resgate do coração” (2019)** tem a ver mais com elefantes resgatados do que a simples e básica estrutura de comédias românticas, fora que ver Kristin Davis (Sex and the City) fazendo par com Rob Lowe também não foi ruim.

Depois de ser arrebatada pela série dramática coreana “Uma dose diária de sol”, que me ajuda também a pensar num roteiro em desenvolvimento, tratando de saúde mental e romance, e que me fez chorar em todos os episódios, eu fui procurar algo mais “leve”… E acabei vendo de uma tacada só a adolescente “Minha vida com a família Walter” (2023) pela Netflix, simplesmente escolhida pela descrição de ser uma mistura de “Heartland” e “Gilmore Girls” – ou algo assim. E a Jackie, personagem principal, realmente lembra um pouco a Rory, por ser toda certinha e estudiosa, em busca de uma vaga numa universidade renomada. Ela é de Nova York, mas depois da morte dos pais e irmã em um acidente, vai morar com amigos dos pais no interiorzão dos EUA, numa família com oito rapazes (!), ficando com um que é mais atencioso e nerd, e se envolvendo com outro mais velho problemático, que por problemas de saúde teve que desistir de seu sonho de ser jogador de futebol americano. A dinâmica da família é bem legal, cada irmão tem alguma característica sua, os pais também se viram com os problemas nas terras, a mãe é veterinária, e tem o conflito do irmão que já está noivo e decide empreender em outros negócios. Não é uma série de todo ruim, só que pra mim a química ali entre Jackie e Cole não funciona tão bem, ou talvez seja eu chata que não ande aceitando muito bem os castings…

É, como a escalação de outra comédia romântica que vi, “Case comigo” (2022)*, com a Jenifer Lopez e o Owen Wilson, sobre uma cantora famosa que está prestes a casar em um show com outro famoso (interpretado por Maluma, que tem 25 anos de diferença com a J. Lo, essa mulher tá em muito boa forma, né não). Acaba se “casando” com um professor de matemática – e pontos positivos para a turma que ele ensina, garotada que parece ter se divertido; achei essa escalação bem ruinzinha, pelo menos pra mim, não vejo esse casal combinando, enquanto que com o Maluma parece ter muito mais química mesmo!

Enfim, os planos para este ano são de continuar o curso de pós voltado para roteiros e conseguir terminar pelo menos alguns… E claro que alguns desses são comédias românticas – como vocês já perceberam faz tempo, é um gênero que gosto de ver, apesar de parecer muito bobo. Continuar a cuidar da melhor forma que consigo da minha fofurinha espevitada, pensar e fazer algo possível pelo meio ambiente, cuidar do lado espiritual para poder oferecer apoio para mais pessoas. Segundo o horóscopo chinês, este ano é do Dragão, para alçarmos voos ainda mais altos, progredindo no que já mudamos com os pulinhos de coelho do ano anterior. Vamos ver se vai dar certo e de vez em quando venho aqui para deixar algum registro de voo. Feliz voos para todos nós!

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