Coisinhas divertidas pra se notar em “Tico e Teco: Defensores da Lei”

Todo ano é a mesma coisa… depois da maratona para o Oscar eu fico sem vontade alguma de conferir os novos filmes de Hollywood e quero é ver algum filme bom, mas divertido, que talvez seja mais antigo, mas eu acabei deixando passar.

Mas não é que um lançamento do canal de streaming Disney+ me deixou animadinha pra vir aqui e registrar algo? Que filmes de super-heróis que nada, minha gente, eu tô ficando velhinha – será que vem por aí outra crise de meia-idade? – e não tenho vergonha de me entregar à nostalgia. Se alguém por aí me conhece bem, sabe que um dos meus filmes favoritos é “Uma cilada para Roger Rabbit” (Who framed Roger Rabbit? / 1988)****, e como esse filme, que traz de volta a turminha de pequenos detetives aventureiros sensação para as crianças dos anos 90, bebe daquele – e também homenageia, que bom! O próprio Roger Rabbit estava no auge da fama nessa época e aparece dançando num clube, mas essa não é a única referência…

Aliás, que abundância de referências!!! Imagino que eles conheçam o pessoal que faz vídeos mostrando detalhes e easter eggs dos filmes, que devem pausar frame a frame… Meu povo, pra quem gosta de Disney ainda por cima, como estazinha aqui, e como a Disney hoje é dona de metade do mundo do entretenimento (incluindo aí Fox…), haja olhar para perceber e identificar tudo! Por isso, nada mais justo do que este post – mas com certeza vai faltar ainda coisas que não notei (ou não soube o nome), então se você estiver passando por aqui e lembrar de algo, deixe nos comentários que eu quero relembrar!

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(Chip n’ Dale: Rescue Rangers/2022) ***

Historinha: assim como no filme do Roger Rabbit, imaginamos um mundo em que os desenhos convivem com os humanos, e Tico e Teco são atores que tiveram muito sucesso com sua série de detetives algumas décadas atrás, mas muita coisa mudou, e se veem envoltos num mistério para salvar um amigo em comum.

-primeiramente, os dubladores de Tico e Teco daquela época também trabalham aqui, embora nas vozes de outros personagens (se bem que a Geninha era mesmo dublada pela Tress MacNeille e o Corey Burton também fazia o Zipper). Aqui, os esquilos são atores velhos, então ganharam vozes de homem (kkk), dos comediantes Andy Samberg e John Mulaney.

-aliás, o diretor deste longa já teve outros trabalhos com Andy Samberg e estabelece logo de cara o tom de comédia para a produção.

– na vinheta da Disney, o castelo sofre umas transformações de algumas partes, em referência à máquina de transformar os estilos de animação – ah, se fosse fácil assim mudar os estilos das animações, né? kkk

-Teco (ou Dale, em inglês) acaba optando por uma série em que ele estrearia como espião; existiu mesmo uma possível série semelhante, que acabou sendo cancelada (mas não para o personagem do Teco).

-muito divertida a convenção à la Comic Con, mas com a possibilidade de encontrarmos os desenhos – gostei que o Balu é uma estrela (com o reboot em CG e por isso mesmo Teco fez uma cirurgia pra passar de 2D para 3D… não gostei muito, pra ser honesta, tem muita coisa que sou antiquada e prefiro em 2D) e ri muito quando apareceu o Sonic feio! (se bem que a piada repetitiva dos dentes não funcionou tanto pra mim).

-as comidinhas no congelador do Tico! Tem a comida congelada do herói Gelado (ou Frozone), de “Os Incríveis” (2004) ***, e sorvete da Frozen…

-que bela sacada de trama, alguém sequestra desenhos antigos para fazer versões “falsificadas” de animações famosas! Existem tantas dessas por aí que penso existir mesmo um público que consome isso, mas sempre me perguntei por quê, “no, God, no, why? No!”

-quando Tico anda pela calçada da fama, podemos ver estrelas com nomes como Lula Molusco e Chun Li. E o outdoor com o novo filme da Meryl Streep? Uma versão dela homem, assim como Robin Williams fez “Mrs. Doubtfire” (“Uma babá quase perfeita”) e ela fez um filme chamado “Dúvida” (Doubt).

-mas por que um filme Batman x ET? Competem pela lua?

-a recriação da Main Street (referência aos parques da Disney) como uma aparência de fachada! Com negócios escusos por trás, como briga de Muppets!

-“Monterey Jack é o nome de um queijo!” kkk Para o rato que não pode comer queijo…

-os gatos do detestado “Cats” no “Uncanny Valley”! E os “olhos do Expresso Polar”! kkk E olha, filme do mesmo diretor do Roger Rabbit, hein (Robert Zemeckis).

-eu podia jurar que o vilãozão Sweet Pete seria aquele vilão do Mickey (Bafo de Onça, em português, que até tem uma ponta numa das produções falsificadas), mas daí eles quebram nossa perna trazendo um Peter Pan velho! Tá, uma pergunta: desenhos não envelhecem – eles também não morrem… – como que Peter envelheceu? Voz de outro comediante: Will Arnett.

-são espertos em fazer piada com alguns clichês – como Tico querer limpar a privada antes de cair nela; querer que bichinhos fofinhos façam rap; fazer a gente desconfiar da policial;

-o banho do tio Patinhas é em moedinhas, claro!

-ponta do Paul Rudd como se ele fosse fazer um filme como “aunt man”.

-na convenção; o urso da Coca animado com o colega urso; Tico voltando ao look da série após tomar banho de loja do Indiana Jones (é claro que o visual dele é baseado no Indy, Spielberg foi produtor de vários desenhos, inclusive o deles e do Roger Rabbit); quando o capanga viking cai aparece Pumba versão CG, que também tinha a voz do Seth Rogen (aliás, nessa cena ele faz a voz de todos que aparecem).

-se como no universo do Roger a morte de um desenho seria água rás, uma borracha deve servir para tortura mesmo!

-os fogos de artifício formam uma carinha de Mickey! (hidden Mickey)

-engraçada a luta da policial com o chefe, que é feito de massinha

-após transformado, Pete fica com a cara de gato (na série o vilão era o Gatão, Gato Gordo), braço de Detona Ralph, pé de Transformer, calça do Mickey(?) e sei lá mais o quê.

-a piada dos passarinhos! No filme do Roger Rabbit, o coelho ganha pancada na cabeça, mas precisa de estrelas ; aqui os passarinhos são chamados ao trabalho!

-ok, algo meio bizarro foi a Geninha com Zipper (Bzum) e 42 filhos…mas fazer o quê

-créditos finais legais, a voz do Darkwing Duck é do Jim Cummings, que fez aqui e fazia a voz do Gato Gordo. Darkwing é o que resultou do cancelamento de uma série de pato espião, pois os direitos de “double-0” pertenciam a Ian Flemming (criador do 007).

No geral, o filme em si acaba não sendo tão original, assim como eles próprios apontam das tantas produções atuais. Aproveitam-se da nostalgia mesmo, então talvez um público novo nem vá gostar muito (e eu não recomendaria para crianças pequenas, apesar da indicação Livre), mas pra mim foi bem divertido tudo isso!

CICGC – week 2

Entramos em mais um mês com a crise do Corona vírus, Covid-19, e parece que o pessoal está começando a relaxar… pronunciamentos inacreditáveis do nosso atual presidente do Brasil (sério, ir contra a Organização Mundial de Saúde?) e o pessoal deve estar achando mesmo que é só uma “gripezinha”, porque já tô vendo muita gente por aí – e olha que eu nem saio de casa!

Pois a minha semana passada começou bem com o episódio do único presidente dos EUA com quem realmente simpatizei até hoje (se bem que não conheço nada dessas coisas de política, né?), e se fosse pra recomendar só um episódio do Comedians in cars getting coffee, bem provável que seria esse, apesar de esse convidado quase nem se classificar como comediante.

Fora isso, bem, nada de muito novo, vi muitos filmes ruins – daqueles tipo “estou em casa mesmo, por que não?”, e a resposta deveria ter sido “simplesmente porque não”. Mas eu já escrevi um post sobre como seria minha utopia de sociedade pós-crise mundial, só para repetir (repetir algo bom nunca é demais): algo que realmente ando gostando de ver é como o planeta vem ambientalmente melhorando com isso tudo e as diversas ações solidárias por toda a parte. Desde doações de pessoas famosas que tem muito mais poder aquisitivo que o restante da população, até pessoas fazendo comida e entregando para os que tem menos condições, como em favelas ou para moradores de rua, ou mesmo merendas para crianças ou caminhoneiros encarregados de entregas. O mundo não seria um lugar melhor se tivesse mais pessoas engajadas e trabalhando com solidariedade, com altruísmo, com ações em benefício alheio e geral? É preciso uma crise desta proporção para a sociedade começar a se balancear melhor? Talvez sim.

Bem, alguns comentários sobre os episódios que vi esta semana que passou do “programa de entrevistas” com o Seinfeld seguem abaixo. E sigamos em frente! Ainda deve ter uns 2 meses de episódios para eu ver, e talvez uns 2 meses até essa crise “passar” também?

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Barack Obama (Just tell him you’re the president – 30 de dezembro de 2015)

Gente, como essas celebridades conseguem, né? Na época o presidente dos EUA, Obama recebe Jerry na Casa Branca, eles são proibidos de sair com o carro que por si só é um escolha ótima, representando uma grande conquista, como a própria chegada à lua! E Obama se qualifica como “comediante” por algumas frases aqui e ali, mas o nível da conversa é um pouco mais elaborado: sobre alguns detalhes surreais de viver essa realidade de ser presidente, sem ter cenas muito embaraçosas ainda; e como saber se não está se deixando levar, está sendo sensato?; Jerry comentando que seu “salário” é muito melhor que o dele… 

Patton Oswalt (How would you kill Superman? – 09 de janeiro de 2014)

Nem sabia que o primeiro trabalho dele tinha sido com Seinfeld, nem que ele conhecia muito de quadrinhos, mas depois fui conferir alguns trabalhos e vi que ele já fez muitos de voz, além do Remy de Ratatouille (2007) ****. Depois que li na sinopse que eles iriam andar num Delorian, imediatamente quis ver este episódio! Pena que o carro quebrou e chamaram um Uber, hahaha. 

Amy Schummer (I’m wondering what it’s like to date me – 13 de novembro de 2014)

Foi por puro acaso que acabei escolhendo mais um episódio em que o carro quebra! Só eles parando depois de muita fumaça já foi divertido, mas acabam tomando café em algum lugar ali do Bronx, parece, e a garçonete pergunta pro Jerry se ele quer torradas logo depois de ele dizer que não quer mais nada no prato! Amy comenta como a relações pública dela dá bronca se ela não aparecer bem na foto, o vestido foi escolhido por alguém – mas depois de uma caminhada, ela tem marcas de suor nas axilas como todo mundo :)

Sarah Jessica Parker (A little hyper aware – 19 de junho de 2014)

Jerry não gosta nada dessa caranga, ehe, mas Sarah é apaixonada por que o carro lhe traz várias lembranças de quando era criança. Comentários sobre o papel de pais, ela pede um pão de centeio e Jerry é “vulgar” na sua gorjeta! Desculpe, mas não acho que Sarah é uma boa motorista…

Matthew Broderick (These people that do these stuff. They stink. – 2019)

Eu quis ver este episódio logo após, pois eles são um casal duradouro, mas Jerry e Matthew parecem ser amigos de longa data e este é um episódio especial (é de uma das temporadas mais recentes, então acho que agora podem investir mais dinheiro em alguns episódios), com os dois visitando o estádio, jogando uma bola, passando pelo vestuário do Mets e comendo hot-dog, com direito a menção ao Curtindo a vida adoidado (1986)****, em que também tem beisebol incluso no passeio. Engraçado como Matthew parece um velhinho gentil e frágil, eu tinha outra ideia dele, e foi engraçado também o carinha da loja se sentindo mal por barrá-los.

Lorne Michaels (Everybody likes to see the monkeys – 14 de julho de 2016)

Confesso a vocês que eu nunca assisti Saturday Night Live (SNL), mas sei que todo comediante reconhecido de alguma forma passa pelo SNL, ou mesmo qualquer alguém que seja meio famoso tem alguma participação nesse show. Imagino que Tina Fey se inspirou nele para fazer a série 30 Rock, que inclusive também é produzida pelo Lorne Michaels. Tem um passeio ali pelo 30 Rockfeller em NY, e ele vai cumprimentar o Jimmy Fallon como parte de sua rotina (vários programas de “late night” são produzidos por este cara!), e a Julia Louis-Dreyfus até pergunta se vai ser paga por isso, haha! Outra coisa legal foi eles falarem do criador do Ceasar Palace (acho que deve ter derivado de pedirem uma salada Ceasar?) e irem ao “Monkey Bar” e terem uma conversa com analogia sobre animais, que as pessoas assistem ao show como vão ao zoológico, primeiro vão ver os leões e por último os macacos :)

Julia Louis-Dreyfuss (I’ll go if I don’t have to talk – 03 de junho de 2015)

Ehe, já gostei da ideia do Jerry de que ela é uma “matadora” na comédia, então o carro pode ser um do James Bond. Eu ando escolhendo os episódios aleatoriamente, mas até parece de propósito: mais um em que encontram uma versão moderna do mesmo carro na rua! Engraçado como eles hesitam em irem reclamar do café (afinal, são famosos e depois os outros vão ficar comentando que são “divas”?), os dois tem admiração genuína um pelo outro, relembram alguns momentos da série e Julia até pega umas dicas com a esposa do Jerry.

Eddie Murphy (I just wanted to kill – 2019)

Dia desses foi aniversário do Eddie Murphy (e é a mesma data do Alec Baldwin!), então cedi à indulgência deste episódio que poderia ser dois em um porque tem uns 40 minutos. De repente eu percebi que não vejo muitas entrevistas com famosos, então não sei como eles falam ou o jeito deles na vida real, eu praticamente deduzo pelos papeis que eles fazem nos filmes – e foi interessante achar que Eddie é mais sério do que eu imaginava, apesar de instantaneamente conseguir se referir a alguém imitando a pessoa ao mudar apenas o tom da voz, seja Tracy Morgan ou Michael Jackson (!). Também descobri que ele e Jerry começaram na cena nova-iorquina de stand up na mesma época, e foi legal ele expor a questão do negro, até mesmo não esconder a antipatia de um colega de profissão por ele.